O Convênio ApexBrasil/ABIROCHAS

O Convênio ApexBrasil/ABIROCHAS

Dados ApexBrasil e Abirochas

A ABIROCHAS foi uma das entidades pioneiras a participar dos programas de promoção de exportações encabeçados pela ApexBrasil, credenciando-se como entidade nacional representativa do setor de rochas ornamentais e de revestimento. O primeiro convênio ApexBrasil/ABIROCHAS foi celebrado em 1999, quando as exportações brasileiras de rochas ornamentais somavam pouco mais de US$ 200 milhões e 50% do faturamento dessas exportações correspondiam a rochas brutas.

Os recursos financeiros aportados pela ApexBrasil e os projetos desde então realizados pela ABIROCHAS cumpriram seus objetivos em quatro fases distintas do mercado internacional. Na primeira fase, vigente de 1999 a 2007, o convênio ApexBrasil/ABIROCHAS contribuiu decisivamente para que o Brasil aproveitasse o bom momento da economia mundial, viabilizando sua maior inserção no mercado internacional e permitindo que o país se tornasse um dos principais players globais do setor de rochas. As exportações brasileiras somaram US$ 1 bilhão já em 2006, com índices médios de crescimento superiores a 20% ao ano e uma taxa de participação de rochas processadas que superou 80% do faturamento em 2007.

Na segunda fase, correspondente ao pico da crise no mercado imobiliário nos EUA e da recessão mundial da economia, graças ao convênio ApexBrasil/ABIROCHAS as empresas exportadoras puderam dar continuidade a sua participação nos grandes eventos internacionais do setor, o que foi de fundamental importância para a visibilidade dessas empresas junto aos seus clientes. O recuo de 12% no faturamento das exportações brasileiras de 2008, e de 24% nas de 2009, pode ser considerado pouco significativo para um setor de atividades cujos produtos foram os mais diretamente atingidos por uma crise econômica originada na construção civil.

Na terceira fase do mercado internacional, que se seguiu à crise de 2008-2009 e estendeu-se até 2013, o convênio ApexBrasil/ABIROCHAS permitiu superar novos desafios, caracterizados por pressão de oferta e concorrência mais acirrada entre os fornecedores. Neste último cenário, as exportações brasileiras evoluíram de US$ 724 milhões em 2009 para US$ 960 milhões em 2010, atingindo US$ 1 bilhão em 2011 e voltando, já em 2012, ao valor anterior ao da crise econômica mundial. Em 2013, as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento totalizaram US$ 1,3 bilhão, correspondentes a 2,73 milhões de toneladas comercializadas, registrando-se incremento de respectivamente 22,8% e 21,8% frente a 2012. Foram assim superadas todas as projeções e expectativas, ultrapassando-se, já por larga margem, os recordes históricos de 2006 (volume físico) e 2007 (faturamento).

Na quarta fase, configurada a partir de 2014 e ainda persistente, tem-se registrada uma queda lenta, mas continuada das exportações, a par de um mercado interno desaquecido. Com maior destaque, observou-se crescimento da participação de materiais rochosos artificiais e de produtos cerâmicos no mercado internacional e especialmente nos EUA, o que foi pelo menos em parte responsável pelo declínio das exportações brasileiras de chapas. O Projeto Setorial privilegiou duas frentes de trabalho julgadas de maior relevo: a exportação de produtos acabados para o atendimento direto de obras em mercados selecionados; e a exportação de chapas para o mercado chinês, através de diplomacia comercial, como tentativa de eliminação de barreiras tarifárias praticadas pelo país para a importação de rochas processadas em geral.

No último convênio (2019-2020) foram introduzidas ações diferenciadas que abrangeram o que foi designado “trabalhos de campo”, dirigidos aos novos stakeholders do mercado de produtos acabados nos EUA. Assumiram prioridade as empresas e profissionais que, de maneira geral atuam como especificadores e aplicadores de revestimentos nas grandes obras, incluindo escritórios de arquitetura e design de interiores, além de commercial contractors (empreiteiros de revestimentos). As ações do convênio estiveram perfeitamente alinhadas às atribuições devidas e sobejamente conhecidas pelas duas entidades.